Aos
números ímpares que me fascinam, dou cores.
Em
uma ânsia egoísta, saciam-me: indivisíveis.
Cantarolo
rosas com lábios coloridos,
enquanto
aguardo seus beijos suaves,
seus
toques tenros, seus sorrisos solares.
Controlo
o tempo com sensações.
Sinto
cada toque ao contar os dias em que te vejo.
A
mudança sempre me foi inquietação cinza, indigesta.
Acostumei-me
a construir passos na concretude dos dias.
É
que a transformação me intimida, azul.
E
seu céu nublado me angustia.
Sete
léguas me confundem a razão.
Cinco
lágrimas me embaçam.
Mastigo
as paixões alastradas: engulo-as rubras, lentamente.
Amedronta-me
a imagem do futuro pálido, o destino doente.
Cansei-me
do chá das seis, e do seu par.
Quero
dias alaranjados, noites entorpecentes,
ao
lado seu.
Sete
dias. Sete meses. Sete anos.
Onze
vidas. E nada mais.
O
seu revés sou eu:
Colorirei
suas memórias brancas.
Gostei. Se não tiver problema gostaria de usar, tudo bem?
ResponderExcluir