Meus passos andam cada vez
mais descompassados:
Já não sei aonde ir,
apenas te sigo como se seu
norte fosse meu.
Apodero-me de suas convicções,
finjo que são meus os seus
paladares e,
às vezes, arrisco-me a ser otimista
para satisfazer seus gostos.
Quem sou eu?
Sou chuva, sou rio, sou mar.
Sou gotas de lágrimas
suicidas! de olhos sem cores,
que se derramam num rosto
pálido.
Sou sopro, sou brisa, sou vento.
Sou passageira e bagagem
volúveis,
que peregrinam sem destino.
Por vezes nos distraímos num determinado momento e quando nos damos conta olhamos ao redor e já não reconhecemos mais o lugar onde estamos. Dormimos no pé da serra e acordamos num túnel mal iluminado. Parece que estamos perdidos e buscamos tentar reconhecer alguma imagem, forçamos alguma lembrança , associamos com alguma outra memória. Ainda sem nos localizarmos, deixamos ser guiados por alguém que - supostamente - se manteve acordado durante o trajeto todo. Mas só nos sentiremos seguros quando, enfim, nos depararmos com um lugar conhecido (por onde já passamos, imaginamos ou desejamos). E este lugar virá. No momento em que ele vier, saberemos que sempre estivemos na direção certa.
ResponderExcluirGuiados por essa bússola mágica chamada "destino".
Ana, que bonito seu blog. Eu queria poder seguir-te para sempre repousar em tuas poesias, mas infelizmente isso não é possível. ''Bússula'' Você por vezes se sente perdida mas encontra a solidão
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