Certeza
Em dias de fortes trovoadas eu calo.
E meu sinal de angústia
é a opacidade de cada milímetro do meu corpo.
Meus versos cantavam o desespero
dos meus lábios que não mais te encontrariam.
E meu corpo,
feito poço de perdas esculpidas como tatuagem,
queria se despedir da última que morre.
Mas eu nunca soube lidar com o adeus.
Transformei meus versos para te confortar:
Diluí a amargura em água e sal
e ela me deixou através dos olhos.
Versei perdão, compaixão e segurança.
Fui tão convincente que mesmo eu, tão descrente,
agora acredito em mim.
Eu escrevi isso? Não lembro... Ih, este NÃO É o meu blog!
ResponderExcluir(mas é o blog do que sinto)
esse poema é muito bonito ana.
ResponderExcluirSe a emoção se prende, em segurança, atrás da razão, então somente pelos olhos - que agora passam a ler o bem - a razão mudará de opinião, atendendo as vontades da emoção.
ResponderExcluirSer descrente, após uma tempestade, é natural.
Mas deixar o coração bater de novo, pela esperança de um novo dia de sol, é necessário.