quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Momento


Gostaria que, em todos os momentos de meus caminhos,
meus passos estivessem etilizados:
Que seja de vinho – eu diria, cambaleante.
Do meu jazz preferido.

Gostaria que, em todos os momentos de meus caminhos alcoolizados,
meus refrãos fossem dançantes:
Dançaria até mesmo solitária,
desde que a ebriedade me conduzisse.

Não quero em meu caminho a sóbria tristeza.
Desejo a cena etílica dos filmes sem cores:
Onde o riso impregna feito droga,
onde o prazer deságua por todos os lugares.

Meu caminho, assim, regado de insensatez, dormência e amnésia,
será o repouso de todos os espectros que me enlouquecem:
Embriaguem-se do meu sangue...

Durmam, durmam, durmam – sonhem.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Mas se for pra tomar um "porre" hoje, que seja de seus poemas, sem filtragem, na mais alta concentração, quente e direto da garrafa. Juro que nem faço careta. Mas não me responsabilizo pelos sorrisos gratuitos e atos de felicidade instantânea.

    ResponderExcluir