sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Chuva


Não há palavras disponíveis em meus lábios quando eles te alcançam.
Todos os ensaios são desfeitos.
Ensejo e concentração, perdidos.
Pois não há razão plausível entre meu corpo e o seu.

Quando meus lábios te alcançam, não existem palavras dispostas a me deixar.
Elas queixam em meus ouvidos: querem te aproveitar comigo.
Não podem soar aos ventos, dizem, quando te têm tão perto.
Exigem ser propagadas diretamente em seu corpo
pelo meu toque, meu suspiro, meu amor.

Quando as palavras, enfim, me deixam
pelas entranhas
elucidam toda a enchente que nos acompanha
em apenas um gemido.

5 comentários:

  1. Não há palavras disponíveis em minhas mãos quando alcançam sua poesia.
    Todos os elogios parecem poucos.
    Ensejo e criatividade, perdidos.
    Pois não há encômio bastante entre meu computador e o seu.

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  2. Leve inveja de ser assim, arrebatado [3] - Phill

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