quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Laços

.

Foi de um tempo eloquente

O tempo só sabia de nós

Em nossos dias cáusticos


e caóticos. Tanto quanto

nem se podia antever.


Pele salgada expirava líquido

Poros aclamantes

____________por algo tão inóspito

que até o mais crédulo

se negou a crer.


Já não era coisa de crença

tampouco de língua culta

Mas só de línguas:

entrelaçadas.


.


Um comentário:

  1. Detalhes de tempo, reação corporal, lugar... descritos tão sabiamente com palavras que não desmentem um interpretação distinta...
    Mas que no final dá lugar a somente um único momento, o qual dispensa todas as demais interpretações possíveis... deixando subjetivo o sentimento (intrínseco à última palavra) na mente de cada um dos que se envolverem com esta poesia.
    Linda, Ana! (como sempre)
    ;*

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