A Moça e o Inverno

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Acordou.
Ao abrir a janela, aquele cinza inconfundível, acompanhado da frieza do vento, invadiu o quarto.

Nada dizia, apenas contemplava aquele encanto.

Seu corpo tremia;
Seu olhar se perdia na imensidão cinza;
Seus braços abraçavam o corpo, na esperança imaginária de manter seu calor.
Calor que ele, com leves carícias sobre a pele, já havia retirado.

Ela sentia prazer por isso. Como se estivesse hipnotizada por aquelas sensações.
Continuava calada, inerte.


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Acordou, estava frio e chuvoso. Encontrou a janela aberta, convidando-o para entrar. Entrou. E, junto dele, todas as sensações passeavam pelo quarto.

Cantava...
Encantava.
Não a deixando pensar em nada além de lhe fazer companhia.

Pegou-a no colo;
Fitou seu olhar;
Invadiu sua mente.

Sentiu o carinho dela em forma de abraço. Retribuiu com carícias.
Ele estava apaixonado.
Cativara a moça.


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