segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Leviatã

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A solidão encontrada na multidão é ruim

para os que não se bastam com aqueles que possuem

Mas não se preocupe!

Você não ficará sozinha, Leviatã

Pois, demônios iguais a ti andam aos bandos.

Por isso:

Vigie seus passos, caminhe sobre a maldade

continue honrando seu veneno

e aquele de onde ele provém...

Para não se afastar daqueles que te escutam

e colaboram com suas sujeiras

que acusam e desvirtuam o que eu digo

e soltam pelos bueiros que chamam de boca.


E cuide daquele que diz amar, coisa-ruim

Não por mim,

Mas por ele

Não deixe o bom coração dele descobrir a perversidade

daquela que diz ser sua metade

Porém, como demônio que é

você não pensará nele, pensará apenas em ti

Pois então, corrompa-o!

Torne-o como você é, caro demônio invejoso.

Insira nele suas maledicências

Destrua o coração dele

Deixe-o tão imundo

quanto sua face sem máscaras

Mas... vá com calma! Não o assuste.

Você vai conseguir.


E se eu te incomodo tanto, Belzebu

Consume o que diz por aí

Mande-me para junto daquela que tem meu sangue

sei que ficarei em paz

lá você não pode pisar.


Mas lembre-se, Leviatã:

A grave idade chega para todos

Chegará para meu corpo que você tanto deseja

Tudo cairá por terra

Assim como a inveja que sai da sua boca

mascarada em mentiras.


E, por sempre estar ansiosa por minhas palavras,

Ainda que seja para distorcê-las,

Essas são pra você.


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6 comentários:

  1. Ana, amei essa tua poesia. Ela é muito linda, muito bem feita, de uma sinceridade incrível, tu demonstraste o que as vezes temos vontade de falar para certas pessoas. Parabéns pelo que tu escreves, tenho orguulho de te ter como amiga, coisalindadedeus! Beijooos, Pétala!

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  2. Ana, não tenho muito o que dizer não. Verdade, nada além disso. e sempre lindo, como tudo que faz.

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  3. Fenomenal! "Medonho", mas incrível, eu jamais teria "coragem" de escrever assim, coisas desse tipo, mas totalmente admirável!

    Parabéns. Sempre.
    Beijos

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  4. Eu acho esse tipo de coisa terrivél,
    sempre achei,
    sempre vou achar.

    Maldizer as pessoas é uma coisa que todos nõs fazemos,
    mas a quantidade de crueldade é o que nos torna pessoas boas ou ruins.

    Adorei aqui Ana,
    Voltarei.

    beijo...

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  5. Imagine um aluno de artes admirando um quadro de seu mestre. No quadro há um monstro (corpo de réptil com rosto de gente), de onde se pode colher várias entrelinhas que o autor desejou transmitir. Para o aluno, que fica estático em frente a obra, admirando-a e interpretando-a por horas, o que sente em seu corpo é uma mistura de sentimentos que lhe travam a garganta, elevam sua motivação, lhe dá alegria, tristeza, medo... É algo inexplicável.
    E diante de seu mestre, para o aluno, parece que suas simples palavras jamais conseguirão ser suficientes para elogiar aquela obra como merece ser.
    É assim que me sinto agora, Ana.

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  6. estou aqui textando achar um palavra que resuma tudo o que li nesse poema. Desculpa! È muita sensibilidade para meus olhos tão desgastados!

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